sábado, 13 de março de 2010

Projeto Transdisciplinar

ATIVIDADES TRANSDISCIPLINARES: ENSAIOS DE UM PROJETO DE ENSINO PARA A EJA II.

Bento Nascimento – SME/ Campinas-SP.

Daniela Manini e Cláudio Borges, EMEF Dulce dmanini@uol.com.br, borgescl@uol.com.br


1) Descrição do projeto e dos objetivos:

O projeto das Atividades Transdisciplinares (doravante, ATs) surgiu a partir da constatação das dificuldades nas habilidades de leitura e escrita apresentadas pelos alunos da EJA II na EMEF Professora Dulce Bento Nascimento. Cientes desse problema, os professores deste segmento, juntamente com a direção e orientação pedagógica da escola, elaboraram um projeto de atividades visando a minimizar tais defasagens e o encaminharam à Secretaria Municipal de Educação no segundo semestre de 2005.

Um aspecto característico do projeto foi a modificação da grade curricular.Cada disciplina ficou com três aulas semanais e, durante a semana, quatro aulas são destinadas para o desenvolvimento das ATs (duas na quarta e duas na quinta-feira), momento em que alunos dos quatro termos são divididos em três grupos e, em cada grupo, dois professores (eventualmente três) orientam atividades de leitura, interpretação e produção de textos dos mais variados gêneros, selecionados em função de um tema comum a ser abordado pelo grupo.

É importante ressaltar que as habilidades de leitura e escrita são pré-requisitos em todas as disciplinas, daí a necessidade de trabalhá-las de modo transdisciplinar, isto é, envolvendo todos os professores e utilizando gêneros textuais que se relacionam às diversas áreas do conhecimento.

Não é demais salientar que uma das principais metas dos educadores, sobretudo dos que trabalham com a EJA e lidam diretamente com a exclusão, é promover o letramento, isto é, levar o aluno ao domínio apropriado da leitura e da escrita, relacionando-as à oralidade quando necessário, para as práticas sociais em que deverá fazer uso das mesmas (Soares, 2003), haja vista que, em uma sociedade grafocêntrica como esta em que vivemos, um indivíduo capaz de realizar as várias leituras e escritas que tal sociedade nos impõe terá mais autonomia e capacidade para realizar suas escolhas.

Além das ATs, há também um sistema, ao qual chamamos de Tutoria, que consiste em uma dupla de professores ficar responsável pelo acompanhamento das atividades escolares de um grupo de alunos . Os dois professores responsáveis por determinado termo têm a tarefa de informar aos alunos seu rendimento em cada disciplina, tirar suas dúvidas quando possível ou encaminhá-los para as atividades de reforço/ aulas-extras, bem como indagar o motivo de várias ausências seguidas, procurando sempre trazer os alunos para a escola.

O projeto prevê também assembléias semestrais, entre alunos e professores, para a avaliação das atividades do curso. O sistema de avaliação do curso é semestral, respeitando as necessidades específicas da Educação de Jovens e Adultos, que organiza o tempo da seriação por semestres. A seguir trazemos o exemplo de uma AT, a fim de ilustrarmos como se desenvolve o principal aspecto do nosso projeto de ensino para a EJA II.

2) Procedimentos adotados e alguns resultados a partir do filme:

A partir do filme Dois filhos de Francisco, a que os alunos desejavam assistir desde o seu lançamento, desenvolvemos algumas atividades; aproveitamos para associar esse desejo às diversas possibilidades de leitura que o filme permite. No primeiro dia de atividade, o filme foi projetado em um telão, no refeitório da escola, com todas as turmas e os professores presentes, em clima de entusiasmo. Ao final do filme, alguns alunos bateram palmas, tamanha a empolgação com a história.


No segundo dia, as turmas foram novamente agrupadas em três. Cada grupo iniciou as atividades com um debate sobre as impressões que o filme havia causado: cenas marcantes, personagens interessantes, a determinação do Francisco, os sonhos, as conquistas dos personagens, os lugares diferentes, o que emocionou, o que foi inusitado, e outras questões que foram surgindo.

Após esse debate, que durou uma aula, os alunos tiveram como tarefa a produção de um texto relatando um pouco sua história de vida, os sonhos que carregam, as conquistas realizadas e as que estão por realizar. De início, para alguns, foi difícil pensar sobre o tema, principalmente para os adolescentes. Mas, aos poucos, todos foram se envolvendo com a proposta e começaram a escrever. Alguns concluíram o texto e o entregaram no mesmo dia, outros se comprometeram a entregar na semana seguinte.

No terceiro dia de atividade, os alunos receberam seus textos corrigidos e comentados e tiveram como tarefa a reescrita dos mesmos, revendo a adequação à proposta, a organização textual, a clareza na apresentação das idéias e fatos, e aspectos formais como ortografia, concordância e pontuação.

Terminada a tarefa dos alunos, os professores de cada grupo fizeram um comentário geral sobre a realização da atividade e os alunos participaram dizendo o quanto foi (ou não) interessante realizar tal proposta.

É válido ressaltar que vimos histórias de vida muito marcantes, tristes, bonitas, longas e, sobretudo, cheias de esperança; “mais interessantes que a do filme”, no dizer de alguns alunos. É bom dizer também que vários alunos terminaram seus textos em casa e nos entregaram antes do encontro seguinte, para que pudéssemos corrigi-los; isso revela o empenho e o interesse despertados pela atividade proposta. Até mesmo alunos que normalmente não escrevem nas atividades escolares de cada disciplina ou que escrevem pouco nos surpreenderam com suas histórias.

No quarto dia, a atividade foi sobre a linguagem cinematográfica e o que está envolvido na elaboração de um filme. Em cada grupo, os professores fizeram breves comentários sobre o que é roteiro, direção, produção e atuação em um filme, ouviram o que os alunos sabiam a respeito dessa linguagem e, em seguida, fomos todos ao refeitório onde estava projetado o telão para assistirmos ao making off do filme, aos depoimentos de diretores, atores e produtores, aos erros de filmagem, enfim, à linguagem envolvida na construção de um filme. Para alguns, isso foi uma grande novidade, para outros, uma linguagem já conhecida, mas nem por isso pouco interessante.

Após essa atividade, os alunos foram reagrupados com três equipes de professores e grupo fez uma atividade diferente, tendo como base o filme.

O grupo I realizou uma atividade de pesquisa e discussão sobre os seguintes temas:

a) Saúde pública; b) Qualidade de vida; c) Planejamento familiar; d) História da vacina.

Houve um debate sobre tais assuntos, sempre a partir do que o filme mostrou e relacionado aos conhecimentos dos alunos. Em seguida, houve uma divisão da turma em quatro grupos; cada grupo iniciou a pesquisa de um dos temas acima relacionados. As fontes para a pesquisa foram livros didáticos, artigos de jornais e revista e a Internet. Os resultados das pesquisas foram reunidos em anotações e na elaboração de painéis expositivos. Estas atividades foram desenvolvidas em dois encontros.

O grupo II também realizou uma atividade de pesquisa e discussão; os temas foram:

a) Migração; b) Trabalho infantil; c) Cidades e estados do Brasil.

Os alunos foram divididos em três grupos diferentes, cada qual com um assunto a pesquisar. Os professores orientaram o desenvolvimento das atividades, que seriam de leitura, interpretação, discussão e elaboração de painéis e cartazes sobre os temas. A fonte para a pesquisa foram livros didáticos, artigos de jornais e revista. Estas atividades foram desenvolvidas em dois encontros.

O grupo III propôs uma atividade focando o percurso da música sertaneja mostrado no filme:

Houve um debate inicial sobre o que os alunos entendiam sobre música sertaneja, a diferenciação entre a música sertaneja de raiz e a sertaneja romântica, que caracteriza a produção recente mostrada no filme. Beira-Mar e Carta pro Zé), marcadas pelo uso da rabeca e da viola caipira e por letras que falam sobre o cotidiano, a simplicidade, a alegria e a amizade, marcas da vida rural e temas comuns a todos nós.

Houve um debate sobre como entenderam as músicas e, por fim, ouvimos a música É o amor, de Zezé de Camargo, cantada por Maria Betânia; o arranjo não agradou os alunos. Em outro momento os alunos cantaram Romaria, Tristeza do Jeca, Luar do Sertão e, em seguida, cada grupo, com o professor Cláudio no violão, apresentou sua música para a sala.

Num outro dia os estudantes cantaram Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. É o amor, de Zezé di Camargo, cantada por todos os alunos do grupo e tocada pelo professor Cláudio e pelo aluno Mauro; O amor venceu a guerra, um rap cantado pelo aluno Reginaldo, e dois pagodes do grupo Revelação cantados pelos alunos Laura, Ester, Leandro e Reginaldo. Em outro encontro, os alunos foram divididos em grupos, cada grupo leu uma letra de canção sertaneja de raiz:

Após dois encontros para pesquisas, os grupos I e II finalizaram a elaboração dos painéis e ensaiaram o modo de fazer a apresentação. O grupo III sugeriu que os alunos levassem músicas de que gostassem e as apresentassem à turma; poderia ser qualquer estilo musical e os alunos teriam que justificar o porquê da escolha, comentar a letra e o ritmo com a classe e apresentá-la para a turma.

No encerramento das ATs houve a apresentação das atividades para toda a escola. Os alunos se reuniram no pátio e o grupo I iniciou falando sobre a história da vacina, relacionando o assunto ao fato de haver no filme um personagem vítima da poliomielite; em seguida, apresentaram um grande painel com imagens e frases sobre o que entendiam como sendo qualidade de vida. Por fim, apresentaram outro painel com dizeres e imagens sobre o que não é qualidade de vida.

O grupo II apresentou os resultados de suas pesquisas com vários painéis sobre os temas: trabalho infantil e fluxo migratório entre os estados brasileiros. Todos os alunos participaram: alguns apresentaram os painéis, outros fizeram leituras sobre os temas; para encerrar, fizeram uma bela apresentação da música

O grupo III também cantou, já que o tema das discussões foi a música sertaneja, em função do filme, e os estilos musicais preferidos pelos alunos. Foram apresentadas quatro canções:

3) Considerações finais:

A atividade descrita exemplifica como procuramos aproximar disciplinas e assuntos a partir de um tema comum nas ATs que desenvolvemos. Há várias outras propostas desenvolvidas que propiciaram o envolvimento de alunos e professores, comprovando que a aprendizagem situada, contextualizada e, sobretudo, ocorrida em situações de comunicação é realmente significativa a alunos e professores. Esta é a base do interacionismo sócio-histórico, proposto por Vygotsky ([1935] 2003).

Dentre os principais pontos dessa teoria, destacamos os seguintes:

a) todo aprendizado é mediado pela linguagem, portanto ocorre sempre em situações de interação;

b) o aprendizado começa muito antes de o indivíduo freqüentar a escola, por isso qualquer situação de aprendizado escolar tem sempre uma história prévia;

c) o aprendizado escolar produz algo novo no desenvolvimento do aprendiz, portanto toda situação de aprendizagem escolar deve considerar a

Com base nesses pressupostos orientamos nosso projeto pedagógico e acreditamos contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos da EJA II, especialmente no que diz respeito às habilidades de leitura e escrita.

BIBLIOGRAFIA

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. . M. Cole et alli (orgs.). São Paulo: Martins Fontes, ([1935] 2003), 6ª edição.



VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores

segunda-feira, 8 de março de 2010

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS e a LDBEN

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.


§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.

§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:

I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;

II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.

§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames

sexta-feira, 5 de março de 2010

CARTA DE COMPROMISSO COM A EJA- AGENDA TERRITORIAL

As instituições e segmentos presentes na Reunião Técnica da Agenda Territorial de Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, realizada de 8 a 13 de dezembro de 2008, em Natal-RN, reafirmam seu compromisso com a Educação de Jovens e Adultos – EJA, concebida como direito de todos e todas ao longo da vida,mediante esforço coletivo para a implantação de ações de consolidação da Agenda. Reiterando a importância da participação democrática e republicana como princípio basilar das políticas públicas de estado em EJA, os presentes nessa Reunião compreendem que o compartilhamento de estratégias e ações contribui decisivamente para o cumprimento do direito à educação de qualidade e à sua oferta efetiva aos sujeitos que a demandam. Assim, comprometem-se a implementar mesas permanentes de trabalho, fortalecer os espaços de mobilização já existentes e, ainda, a planejar, executar e avaliar conjuntamente ações direcionadas à realização da EJA em seus territórios. Ratificam, também, a importância do fortalecimento de políticas públicas de estado para essa modalidade, tendo-se como ponto de partida a identificação da realidade e das necessidades educacionais de jovens, adultos e idosos, com especial atenção à diversidade etária, de gênero, étnica, racial, sócio-econômica, espacial, cultural, dentre outras. Políticas de estado, sobretudo, no que diz respeito ao acesso à educação, à constituição de um sistema de atendimento que assegure o direito à educação básica e ao fortalecimento do
conceito da Educação ao Longo da Vida. Acordam, por fim, a construção conjunta de cronogramas nos estados e no Distrito Federal, conforme as atribuições e responsabilidades de cada participante, com vistas tanto ao atendimento às recomendações constantes do Documento Nacional “Brasil: Educação e Aprendizagens de Jovens e Adultos ao Longo da Vida”, construído coletivamente durante a preparação do país à VI Confintea, quanto à superação dos desafios diagnosticados para atendimento a essa modalidade em cada Unidade da Federação.

Natal, 12 de dezembro de 2008.
 
 
www;me.gov.br

PNLA

Apresentação Funcionamento

O Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA) foi criado pela Resolução nº 18, de 24 de abril de 2007, para distribuição, a título de doação, de obras didáticas às entidades parceiras, com vistas à alfabetização e à escolarização de pessoas com idade de 15 anos ou mais. Entidades parceiras são os estados, Distrito Federal, municípios, que estabelecem parceria com o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), na execução das ações do Programa Brasil Alfabetizado.

Os objetivos do programa são os de dar cumprimento ao Plano Nacional de Educação – que determina a erradicação do analfabetismo e o progressivo atendimento a jovens e adultos no primeiro segmento de educação de jovens e adultos até 2011 – e promover ações de inclusão social, ampliando as oportunidades educacionais para jovens e adultos com 15 anos ou mais que não tiveram acesso ou permanência na educação básica; estabelecer um programa nacional de fornecimento de livro didático adequado ao público da alfabetização de jovens e adultos como um recurso básico, no processo de ensino e aprendizagem.

Para ter direito ao PNLA, as entidades parceiras devem obedecer ao cadastramento dos alfabetizandos, das turmas e, se houver, dos coordenadores de turmas do programa, informados por meio eletrônico na página http://portal.mec.gov.br/secad/.

Em 2008, o orçamento do programa foi de R$ 11,8 milhões, apenas com a compra dos livros.

Acesse aqui o Instrumento de Adesão do PNLA 2010
http://portal.mec.gov.br/secad/.


EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NOVA ESCOLA

EJA - Educação de Jovens e Adultos

EJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
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ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REISEJA - Educação de jovens e adultos. Fotos: CANINDE SOARES, GILVAN 
BARRETO, LU SOARES, LUIS MORAES, MARCUS ANTONIUS, P.O. NETO, ROGERIO 
ALBUQUERQUE, TATIANA REIS

Cerca de 4,5 milhões de brasileiros com mais de 15 anos estão matriculados na Alfabetização ou na Educação de Jovens e Adultos, segundo o Censo Escolar 2009 do MEC. No entanto, apenas 1,5% das disciplinas do currículo de Pedagogia abordam o assunto. Para você que quer se preparar melhor e saber mais sobre a EJA, organizamos vídeos, reportagens e planos de aula elaborados para alunos que não podem ser tratados como crianças crescidas. Boa leitura!


PRÁTICA ADEQUADA NA EJA-NOVA ESCOLA

O processo de alfabetização das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) está ancorado em práticas indispensáveis de leitura e escrita que também são desenvolvidas com as crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. Isso não quer dizer que o professor vá trabalhar lançando mão dos mesmos materiais e estratégias com públicos tão distintos. Não faz sentido. Esse é, inclusive, um dos motivos que levam os mais velhos a fracassar e abandonar a escola (leia abaixo os depoimentos de três alunos dessa modalidade).

Embora exista uma variedade considerável de bons materiais organizados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e municipais do país (disponíveis gratuitamente na internet), muitos educadores ainda recorrem aos livros usados pela criançada. Um dos motivos é a falta de formação específica. A maioria das faculdades de Pedagogia negligencia a EJA e não prepara os educadores para lidar com as especificidades da modalidade. Estudo encomendado por NOVA ESCOLA à Fundação Carlos Chagas no ano passado aponta que lecionar para jovens e adultos é um fato abordado somente em 1,5% das disciplinas do currículo de Pedagogia.
Fotos: Tatiana Reis e Jarbas Oliveira
Joel dos Santos, Geralda Lourenço e Manoel Pinheiro
Fotos: Tatiana Reis e Jarbas Oliveira
"Adoro ir à biblioteca da escola. Atualmente, estou lendo obras que falam sobre a música brasileira."
Joel dos Santos, 30 anos, aluno do Colégio Santa Cruz, na capital paulista

"Quando a professora escreve o que os alunos ditam, aprendemos como as palavras são escritas."
Geralda Lourenço, 67 anos, aluna do Centro Educacional Sesc Ler, em Quixeramobim, CE

"Gosto das aulas em que a professora lê para a turma porque aprendo coisas sobre o mundo."
Manoel Pinheiro, 82 anos, aluno do Centro Educacional Sesc Ler, em Quixeramobim, CE

Mas é fato: os alunos da EJA não são crianças grandes e não podem ser tratados como tal em sala de aula. "São pessoas com experiências de vida, já bastante recheadas de saberes. E, ainda que não formais, eles precisam ser levados em conta", explica Vera Barreto, presidente do Vereda - Centro de Estudos em Educação. Além do mais, usar o material das crianças pode não despertar o interesse desses alunos. "Sabendo disso, é preciso escolher textos e músicas, por exemplo, que tenham a ver com o mundo desses estudantes e despertem a curiosidade deles, descartando o que é destinado aos pequenos", diz Francisco Mazzeu, pedagogo e professor do Departamento de Didática da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Araraquara. Atividades que envolvam poemas de Cora Coralina (1889-1985), contos de Luis Fernando Verissimo e crônicas de Walcyr Carrasco - entre outros gêneros e autores, reportagens de revistas e jornais sobre o aumento do salário mínimo ou canções de Erasmo Carlos, Neguinho da Beija Flor e Cauby Peixoto - são muito mais adequadas do que as propostas que usam parlendas e histórias em quadrinhos da Turma da Mônica e livros que reúnem contos como Chapeuzinho Vermelho. A seleção dos autores deve ser sempre feita de acordo com os temas que eles abordam - sempre precisam estar conectados diretamente com o mundo adulto - e, é claro, com a qualidade apresentada pelo material escolhido (conheça, na imagem abaixo, o exemplo de uma prática de leitura e na última imagem, uma atividade de escrita).

Outro fator decisivo para o sucesso do grupo está no discurso do educador. Ele deve conversar constantemente com os alunos sobre as estratégias que adota, expondo os motivos que o levam a organizar as atividades. "Muitos deles acham que ditar um texto para o professor não faz sentido e a leitura em voz alta feita por ele nada mais é que uma perda de tempo", diz Sandra Medrano, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo. O histórico de fracasso escolar também precisa ser levado em consideração - para alguns estudantes, a possibilidade de errar ao ler e escrever amedronta, quando deveria, na verdade, ser encarada como uma etapa natural da aprendizagem.

Para colaborar com a atividade docente em EJA, NOVA ESCOLA apresenta as quatro situações didáticas de leitura e escrita, descritas por Sandra Medrano, que não podem faltar em sala de aula e traz detalhes sobre como trabalhar cada uma delas. Além disso, há exemplos de materiais a serem usados e sugestões de sequências didáticas, elaboradas por educadores que no dia a dia consideram as especificidades dos jovens e adultos.
Foto: Jarbas Oliveira
É HORA DA RODA DE LEITURA A Quarta  Literária é um dos momentos mais esperados pelos alunos de EJA do Centro Educacional Sesc Ler de Quixeramobim, a 203 quilômetros de Fortaleza. Os educadores leem para as turmas obras do acervo da biblioteca, como Digo e Não Peço Segredo, de Patativa do Assaré (1909-2002). "É uma atividade importante para que os estudantes tenham contato real com o ato de ler", diz a professora Ana Valéria Oliveira. Foto: Jarbas Oliveira
1. Leitura pelo professor
O que é Momento em que o educador lê para a turma textos diversos (literários, informativos etc.). Os gêneros devem variar para que o repertório do grupo seja ampliado. Além de contos, crônicas e poemas com temática adulta, recorra a reportagens de jornais e revistas. Também é válido organizar audições de leitura de livros literários mais longos, trabalhando capítulo a capítulo. Atribua valor à atividade explicando que a intenção é formar os estudantes como usuários da leitura e da escrita e para isso é preciso vivenciar na sala de aula práticas semelhantes às realizadas fora da escola. Antes de iniciar a leitura, apresente o material a ser explorado. Ao final, retome a conversa, estimulando opiniões e questionamentos sobre o conteúdo (leia sequência didática).
Quando propor Diariamente.
Material Contos e crônicas de autores como Ignácio de Loyola Brandão, Adriana Falcão e Mario Prata, poemas de autores como Patativa do Assaré e Manoel de Barros, reportagens que abordem temas atuais e de interesse dos cidadãos, como as que tratam do sistema de transporte do município, livros como Alexandre e Outros Heróis, de Graciliano Ramos (1892-1953), e Capitães da Areia, de Jorge Amado (1912-2001).
O que o aluno aprende Os usos e as funções da escrita, as características que distinguem os gêneros textuais e as diferenças entre a linguagem oral e a escrita. Ele também se familiariza com a linguagem dos livros e jornais, aprende a opinar sobre o que foi lido, a apreciar o escrito e se emocionar com isso e a localizar várias informações.

2. Leitura pelo aluno para aprender a ler
O que é A possibilidade de ler listas ou textos conhecidos de memória. Sabendo o que está escrito, é possível antecipar o que vem a seguir, buscando indícios gráficos por meio do conhecimento das letras iniciais ou finais, que ajudam a refutar ou confirmar sua hipótese. Lembre-se de que nem sempre a situação de ler, arriscando-se a errar, é confortável para os estudantes dessa modalidade de ensino. Por isso, explique que é lendo - mesmo antes de saber fazê-lo convencionalmente - que se aprende a ler.
Quando propor Em dias alternados aos de atividades de escrita.
Material Listas como as de pratos para uma festa, de convidados para um sarau, de cantores preferidos e de compras no supermercado. Canções conhecidas do grupo, como Asa Branca, de Luiz Gonzaga (1912-1989) e Humberto Teixeira (1915-1979), sucessos de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Alcione e outros artistas que a turma aprecie. Poemas de autores como Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e Cecília Meireles (1901-1964). Eles tratam de temas próximos do universo dos adultos e apresentam produções de qualidade.
O que o aluno aprende O sistema de escrita, como ele funciona e o que tem de ser feito para colocar em ação as estratégias de leitura.
Foto: Tatiana Reis
MOMENTO DO DITADO PARA O PROFESSOR No Colégio Santa Cruz, em São Paulo, a professora Helena Meirelles trabalha a situação de escrita convidando a turma a produzir, coletivamente, um bilhete para os alunos de EJA de outra escola da cidade, recomendando um filme a que assistiram recentemente. "Eles ditam o conteúdo e eu sou a escriba. Assim, desenvolvem habilidades de produção de texto e conhecem as características dos gêneros textuais", explica.
Foto: Tatiana Reis
3. Produção de texto oral com destino escrito
O que é Situação em que os estudantes ditam um texto e o professor o transcreve no quadro (leia sequência didática). Eles controlam o que é escrito e acompanham como se escreve. Alguns não participam, pois têm vergonha. Por isso, devem ser feitas perguntas para estimular todos a opinar.
Quando propor Várias vezes por semana, sempre que houver o uso da escrita.
Material Textos de referência como cartas publicadas em jornais e cartilhas com informações de saúde.
O que o aluno aprende Como se organizam as ideias de um texto e como se dá a passagem da linguagem oral para a escrita. Ele também compreende o processo de produção textual, incluindo a revisão, e conhece a estrutura e a linguagem do material que está produzindo.

4. Escrita pelo aluno para aprender a escrever
O que é A oportunidade de escrever o que é conhecido de memória (como poemas) ou listas (de ingredientes de receitas culinárias). Pelo fato de existirem alunos que acham que a cópia é mais adequada para aprender a escrever ou que não se pode escrever errado, explique que é preciso se arriscar a escrever, colocando em jogo o que se sabe e pensa.
Quando propor Em dias alternados aos de atividades de leitura.
Material Textos de referência ou sugeridos nas situações didáticas anteriores (considerando a possibilidade de se aproximar de uma situação de uso social da escrita), letras móveis e computadores com editores de textos instalados.
O que o aluno aprende A refletir sobre o sistema de escrita, representar graficamente o que quer comunicar e definir quantas e quais letras usar.

Reportagem sugerida por 18 leitores: Creuza Pereira da Silva, Dom Aquino, MT, Cynira de Andrade Aversari, Guarulhos, SP, Elinete Freitas da Costa de Souza, Macapá, AP, Jubilene Maria Belarmino, Itapissuma, MG, Juciane Fregadolli, Maringá, PR, Julimar Santiago Rocha, Salvador, BA, Kaliane de Macedo, Garanhuns, PE, Karlene Cabral Cunha, Codó, MA, Kerhgisvalda da Silva do Nascimento, Diadema, SP, Margeri Azambuja da Silva, Aparecida do Taboado, MS, Mairice Policena de Souza, Castelo de Sonhos, PA, Mara Cristina Ferraz Silva, Álvares MAchado, SP, Maria do Socorro Barbosa, Ibicaraí, BA, Miriam Graeff Stach, Panambi, RS, Pollyanna Morais, Itumbiara, GO, Sandra Balbys, Paulo Afonso, BA, Susana Dias Amaral, Vitória da Conquista, BA, e Zilda Maria Melo, Confresa, MT

NÃO TRATE ALUNOS DA EJA COMO CRIANÇAS

Editado por Beatriz Vichessi (novaescola@atleitor.com.br)
Pessoas com mais de 15 anos - mesmo na condição de alunos - não são crianças crescidas. Da mesma forma que, no trabalho, um senhor de 50 anos não ouve do chefe "Vamos fazer um relatório bem bonitinho", ele não deve vivenciar situações como essa na escola.
O trato infantilizado é um dos motivos da evasão nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e nasce com a ideia equivocada de que se deve dar ao estudante, jovem ou adulto, o que ele não teve quando criança. Por causa disso, é preciso também mudar a abordagem e, muitas vezes, o conteúdo. Trabalhar com material didático infantil sem levar em conta as expectativas de aprendizagem e os conhecimentos prévios é um equívoco com a mesma raiz.
A EJA tem de ser encarada como um atendimento específico, que pede um currículo próprio. Só assim o grupo vai aprender e tomar consciência do que está fazendo. Se o educador quiser abordar a origem do ser humano, deve tratar o tema de forma adulta, com respeito à diversidade religiosa - sem se desviar das propostas curriculares - e aprofundar a discussão científica, mais do que faria numa turma de crianças.
E, embora a necessidade de respeito à vivência prévia valha para todos os alunos, seja lá qual for a idade deles, no caso de jovens e adultos essa é mais uma premissa fundamental. Cantigas e parlendas - usadas na alfabetização dos pequenos - podem ser substituídas por poesias, mais apropriadas para os leitores mais velhos.

Consultoria Sandra Medrano, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária, em São Paulo, SP

A EVASÃO DOS ALUNOS DA EJA



O Brasil é um país com suas grandes dimensões de desenvolvimento, onde se analisa seu crescimento chegando a gerar varias mudanças positivas no qual pode-se citar: Os avanços tecnológicos, como viagens espaciais; informações digitais; a rapidez da comunicação; além de países desenvolvidos entre outros, sem nos importarmos com o futuro da educação, que chega a tornar-se vergonhoso ao ver a miséria, a pobreza e a fome se alastrar pelo mundo inteiro.

Observa-se que os governantes gostam de expor as sociedades estatísticas que colocam na rota do primeiro mundo, propondo mudanças que acabam marcando a entrada do novo século. Para alguns, com sua visão monstruosa, cabe falar de crise, para outras pessoas, transformações. Queremos transformações positivas, onde possa acabar não só com a pobreza, mais também com a desigualdade entre as pessoas. Devemos buscar um Brasil de progresso, fazendo do impossível para o possível, contribuindo para uma educação de progresso. (RAINHO, 2001).

Analisa-se que por mais que lutemos pelos nossos direitos em poder ter uma vida digna, sem corrupção dos governantes, onde possamos ter uma educação de qualidade, educadores competentes, para um melhor desenvolvimento, fazendo dele um país construtivista nas suas ações, nos defrontamos com o futuro da nossa educação, no qual chega a se tornar carente ,quando falamos em educação para todos ,de acordo com a constituição de 1988.

O analfabetismo tem sido uma questão de grande discussão a respeito da educação. Há muito tempo atrás, observa-se as mesmas dificuldades com respeito à aprendizagem, às inúmeras reprovações e evasão escolar. Apesar das leis impostas pelo governo em oferecer um ensino gratuito para todo cidadão, seja ele jovem ou adulto, a exclusão social, além do índice de pobreza ainda continuam, e,na maior parte das vezes, chegam a impedir a presença do aluno na escola.

É muito importante analisar atentamente os alunos que freqüentam a escola, pois adultos e jovens possuem toda uma história e as levam para a fora da instituição escolar, e agora trouxeram de volta. O educador ao saber dessas dificuldades que os mesmo vem passando ao longo da sua trajetória de vida, analisando as expectativas do educando adulto, deve crescer seu interesse e mostrar a verdadeira aprendizagem depende muito mais que atenção às revelações feitas pelo professor e atividades mecanizadas de memorização.

Verifica-se que experiências antigas de fracasso e exclusão no ensino regular vêm contribuir para que o jovem e adulto tenha uma auto-imagem negativa cabendo aos educadores ajudarem os educandos a reorganizarem sua imagem da escola, das aprendizagens escolares e de si próprios.

Quando a escola exige muito da execução do horário que muitas das vezes não se adéqua com a do trabalho, no qual acaba contribuindo para desistência desse aluno, levando-o a parar de estudar, devido não conseguir cumprir as normas da escola. O educador por mais que entenda a situação do aluno, onde nem o aluno, nem o professor têm a mesma opinião para garantir sua permanência do aluno na escola.

O educador muitas das vezes procura um trabalho diferente, que possibilite o despertar de suas habilidades para que o educando possater um maior desempenho nos estudos, contudo, na maioria das vezes, não chega a obter sucesso, devido toda sua trajetória de vida no meio escolar não muito boa,chegando a bloquear o seu interesse pela escola.portanto, quando este chega a EJA - educação de jovens e adultos,acaba encontrando-se cansado, massacrado e desmotivado, convencendo-se de que não consegue mais aprender.

Um outro caso a si colocar, chegando a causar grande transtorno, é a questão do ciúme bem mais definido no sexo masculino,em pensar que a companheira vai para escolanão com intuito de estudar, mais sim, de namorar. Muitas são as habilidades que eles utilizam para dificultar a permanência da mesma na escola.

Para Meireles (2001) umas das causas da evasão é quanto a estudantes registrarem um atraso mínimo de 2 anos em relação à série e idade, devido o índice muito grande de reprovação e repetência constantes, chegando a causar conseqüências graves para o aluno.

A educação é algo que deve ser analisado a todo o momento, quanto às suas causas de oferecer um ensino adequado para cada nível cultural que o educador vem se deparando a todo o momento e refletir diante a sua postura de professor educador.

A escola precisa de educadores capacitados com propósito de querer buscar meios que amenizem o índice de alunos evadidos, apesar de muitos dos alunos serem os próprios causadores da evasão, devido não terem prazer de querer estudar, às vezes vão para escola só para não ficar em casa, enquanto outros acabam retornando para instituição com intuito de vencer na vida, e poder ter um trabalho mais digno para si.

Segundo Smink (2002) diante seu comentário sobre abandono escolar, colocando que nos Estados Unidos a evasão é um dos desafios mais significativos enfrentados por educadores acrescentando que sem uma boa educação, os estudantes chegaram a se tornar mal preparados para enfrentar os grandes desafios da economia e prestar toda sua contribuição para a sociedade americana.Vê-se que para o futuro, um mundo melhor, onde possa haver a diminuição da pobreza e miséria existe em todo mundo, contando com o apoio dos educandos em fazer do amanhã um futuro bem melhor, através de grandes transformações.

Clarilza Prado, Professora da Pós-Graduação de Psicologia da Educação da Universidade Católica de São Paulo, acredita que através de programa de aceleração, como exemplo do Instituto Ayrton Senna, além de ajudar no aprendizado e a auto-estima do estudante, ela vem contribuir par uma educação de mais qualidade. Um aspecto negativo que a mesma chega a apontar é a respeito que muitas escolas tradicionais não se organizam para se unir as classes de aceleração com propósito de acabar com a evasão escolar e dando todo apoio e sua contribuição no qual escola regular não teve um preparo para oferecer-lhe.

Diante de tantos avanços que vêm ocorrendo no mundo inteiro, vem-se mostrar que exclusão escolar é uma das causas de se chegar à exclusão social ,que vem facilitar com que o aluno evada além do desemprego gerar a separação das famílias e tem levado ao aumento de crianças e jovens a deixarem a escola mais cedo para entraremno mercado de trabalho infantil para ajudarem no sustento da família.

Ao mesmo tempo em que o Brasil cresce com seus grandes desenvolvimentos, principalmente o grande avanço na garantia ao acesso a escola, o relatório mostra que quarenta e quatro por cento dos alunos evadem e repetem a primeira série, chegando a ser um dos índices mais altos verificados.

O Brasil deve crescer como um todo, dando mais oportunidade a toda população em poder ter um futuro com grandes transformações educacionais para que venha trazer resultados positivos para o povo. Um exemplo de mudanças positivas é poder amenizar o índice de pobreza, além de possibilitar uma educação de qualidade no mundo em que vivemos para acabar com o analfabetismo que é conseqüência de uma má educação.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/17679/1/A-EVASAO-DOS-ALUNOS-DA-EJA/pagina1.html

ATIVIDADES -COMO CONHECER O QUE AS ALUNAS E ALUNOS NÃO ALFABETIZADOS PENSAM SOBRE A ESCRITA

As entrevistas em pequenos grupos


O grupo ajuda a quebrar a inibição tão freqüente quando se está chegando num lugar novo mas tão valorizado. Para conhecer os novos alunos a professora escolhe algumas questões ligadas a importância da alfabetização. Depois da costumeira apresentação: nome, onde mora, como soube do curso, o que espera, e scolherum dos vários cartões feitos pela professora com questões ligadas ao saber ler e escrever. Naturalmente , a questão sorteada necessita ser lida pela professora e analisada pelo grupo. Exemplo:
# José mudou de cidade e passou um apertado danado toda vez que precisava ir a algum lugar e lhe davam o endereço. Sabia que era rua X mas como chegar até lá sem ler as placas?
Você também já passou apertado (a) por não saber ler ou escrever? Como foi? Como resolveu a questão?
#Quando os filhos de Fátima entraram na escola ela se animou a estudar também.
O que aconteceu para ela tomar essa decisão? O que animou vocês a vir para a escola?
Se uma amiga perguntasse, para você, para que serve ir a escola, o que você responderia?
Pense no que vocês fazem quase todos os dias. O que fariam de forma diferente se lessem e escrevem?

ATIVIDADES QUE AJUDAM A CONHECER COMO ALUNAS E ALUNOS PENSAM A ESCRITA
Cartões para leitura
As atividades sugeridas ajudam o(a) professor(a) a conhecer alguns dos conhecimentos que o(a) aluno(a) traz consigo em relação à forma como a escrita se organiza. O objetivo da atividade é criar situações onde o(a) aluno(a) demonstra sua idéia de escrita através do que considera possível de ser lido.

Para esta atividade é preciso preparar uma série de, no mínimo, 10 cartões com: palavras reais com número variado de letras (2,3,4, mais que 5), escritas com letras repetidas, com letras não convencionais ou de outros alfabetos, símbolos ou sinais não verbais.

A atividade consiste em:
a) separar os cartões em “o que dá para ler” e “o que não dá para ser lido”;
b) Explicar o motivo de cada classificação.
Esta é uma forma simples de conhecer:
- a familiaridade com a escrita (o que é letra, o que não é);
- o que é considerado básico para um grupo de letras ter sentido (a variedade das letras, a necessidade de um número mínimo de letras para poder dizer alguma coisa, e outras particularidades mais...
Mesmo não se tratando de uma leitura convencional esta atividade indica a relação entre o(a) aluno(a) e a escrita presente em sua volta. Para ser significativa esta atividade é importante que o(a) professor(a) monte um quadro com palavras presentes no lugar onde os alunos se encontram: nas ruas por onde andam, nos mercados, farmácias, lojasonde compram, nas revistas, jornais que folheiam, ou ainda objetos ou produtos que têm em casa...
O reconhecimento das marcas, dos rótulos (OMO/CAIXA /ESSO/CASAS BAHIA/TIM/ClARO/COCA-COLA/TELEFÔNICA etc)mesmo não se tratando de uma leitura convencional esta atividade indica a relação entre o(a) aluno(a) e a escrita presente em sua volta.Para ser significativa esta atividade é importante que o(a) professor(a) monte um quadro com palavras presentes no lugar onde os alunos se encontram: nas ruas por onde andam, nos mercados, farmácias, lojas onde compram, nas revistas, jornais que folheiam, ou ainda objetos ou produtos que têm em casa...
O reconhecimento das marcas, dos rótulos
Depois é só pedir que aponte os nomes que ele conhece dizendo o que está escrito. O(a) professor(a) anota as respostas.O conjunto delas, dará a ele, referências relativas a observação, interesse e reconhecimento de palavras ou logomarcas conhecidas, quando fora dos seus contextos ...

CADERNO 1 DA EJA-MEC

A Educação Para Jovens e Adultos

Educando jovens e adultos
A Educação para Jovens e Adultos (EJA) é uma forma de ensino da rede pública no Brasil, com o objetivo de desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para as pessoas que não possuem idade escolar e oportunidade. É importante lembrar que a educação de jovens e adultos está tendo uma preocupação maior atualmente.

A iniciativa faz parte das várias pesquisas financiadas pela coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) até 2 trabalhadores 2009.
Os alunos do EJA são geralmente /as, empregados/as e desempregados/as que não tiveram acesso à cultura letrada.
O que acontece é que existem grandes disparidades entre ricos e pobres. De acordo com estudos realizados, a população pobre encontra-se em desvantagem principalmente ao se tratar de jovens e adultos.

Os educadores para fazerem parte do corpo docente do EJA devem ter uma formação inicial, além de contribuírem de forma relevante para o crescimento intelectual do indivíduo, realizando o exercício de cidadania

http://www.mundoeducacao.com.br/educacao/educacao-para-jovens-adultoseja.htm

segunda-feira, 1 de março de 2010

Texto do caderno da EJA do Mec
















Trabalho no campo






ENSAIO MULHERES DA TERRA

Xandra Stefanel

Este ensaio fotográfico com mulheres do Acampamento Terra sem Males, do MST, foi feito dutante a gravação do documentário Mulheres da Terra – da Lona ao Concreto, que retrata de maneira poética a vida daquelas que, ao lado dos homens, lutam pela tão sonhada reforma agrária.

O objetivo do vídeo-documentário é mostrar que as mulheres do Movimento desempenham os mesmos papéis que os homens: trabalham na roça, cuidam do barraco, dos filhos e participam das decisões do MST. Sob esse prisma, acampadas e assentadas contam seus sonhos e histórias que comovem e mostram como é difícil morar debaixo de lonas para conquistar um pedaço de chão para seus filhos.

O ensaio e o documentário foram produzidos em Cajamar e Sumaré (São Paulo), de março a setembro de 2003.

Xandra Stefanel é jornalista e locutora. Publicado na revista caros amigos

Painel Paulo Freire no CEFORTEPE - Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Campinas-SP

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fd/Painel.Paulo.Freire.JPG